Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte. - 2 Coríntios 12:10

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Perdão ao próximo

Fui a tua casa ontem, Senhor... Que alegria eu tinha então! O que encontrei lá? O que havia lá? Havia este meu irmão, que dizia muitas coisas que discordo. Minha alegria então se foi com cada uma das palavras que ele dizia.
Por que nossos irmãos são assim, Senhor? Por que discordamos em coisas que não deveríamos discordar? Por que não percebem que muitas vezes estão em desacordo com o que o Senhor mesmo nos ensinou?
Tenho grande vontade de não mais ir ali, para que eu não possa mais ouvir tais coisas, ou para sequer ter que pensar em discutir tais coisas. Mas não seria isto uma fuga, Senhor? Não seria isto uma falta de amor fraterno? Talvez isto seria também uma forma de me sentir melhor do que os outros irmãos, ainda mais se o motivo que me afasta dali é não querer ser confundido com eles?
Sou cheio de falhas graves, caí até o nível mais baixo, mas mesmo assim, Senhor, tu não me abandonaste. Vieste até nós, para salvar cada um dos seus. Não devo eu ter a ti como modelo, e apenas a ti? Não sou melhor que ninguém, não tenho tampouco motivos para fugir de ninguém. Por que teu servo, o apóstolo Paulo, nos aconselha a vencer o mal com o bem, portanto, persistirei no bem, persistirei na humildade, persistirei na paz.
Por favor Senhor, dê-me a oportunidade de servir, ainda que eu discorde ou discordem de mim. Meus irmãos são todos pecadores como eu, e é por isto que como eu, peço que teu Espírito nos renove a cada dia. Me dê por favor Senhor, no entanto, entendimento sobre o que meu irmão pensa e passa em sua vida, pois não poderia eu estar errado em algum ponto também? Me dê a oportunidade ainda, Senhor, de poder expor para ele meu ponto de vista, de forma que ele também possa me entender.
E que eu possa voltar à tua casa, com aquela alegria, que não pode ser abalada por qualquer discordância.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Quando nos tornamos falsos?

Ao meu ver, é muito fácil ser taxado hoje em dia de "pessoa falsa"... Parece que dos inúmeros motivos para uma pessoa agir de determinada forma, apenas o caminho da falsidade possui a probabilidade maior de acontecer. E para mim, isto se torna uma grande dificuldade para cumprir um dos ensinamentos de nosso Senhor:

Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo? - Mateus 5:43-47
Quem ama seu inimigo? Quem faz bem para as pessoas que não se dão bem com ela? É difícil imaginar este tipo de coisa acontecer, e de fato isto para nós é muitas vezes uma tarefa difícil. Por isto geralmente somos encarados como pessoas falsas ao tentarmos fazer isto.
Não é minha intenção identificar quando alguém age com falsidade para conosco. Minha intenção aqui é identificar quando estamos sendo falsos, e como mudar este tipo de comportamento. Assim, quando somos falsos? Certamente é quando nós não conseguimos apagar a raiva ou rancor, quando não conseguimos deixar de lado os motivos que nos impede de gostar daquela pessoa: nós então amamos da boca para fora. Não conseguimos parar por um instante para analisar nossos problemas com relação àquela pessoa e tirarmos disto uma lição. Por que o problema pode estar em nós também, e o mandamento para amarmos nossos inimigos nos força a refletir sobre nossa relação com eles: por que devemos os amar?
Muitas vezes quem não consegue amar seus "inimigos" são aqueles que demonstram certo espírito vingativo. Eles querem que a pessoa de certa forma faça algo para remediar o que aconteceu, mesmo que isto seja a simples iniciativa de pedir perdão, ou de tocar no assunto. É interessante notar que o próprio apóstolo Paulo vinculava o sentimento de vingança com a paz:

Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor. Antes, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem. - Romanos 12:18-21
E talvez o motivo maior para amarmos nossos inimigos é demonstrar na prática, que você está confiando plenamente no julgamento de Deus para este caso: esteja esta pessoa certa ou errada (e você também). Amar, pedir perdão quando possível, ou conversar sobre o problema é sempre louvável, e todos nós devemos procurar isto.
Mas há momentos que a pessoa possui problemas com você também. Uma simples conversa pode ser impossível. Ainda assim, devemos confiar no julgamento de Deus, e temos que refletir bastante sobre o que sentimos. Não basta dizer que o perdoa ou que o ama, devemos sentir isto de verdade.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A pérola.

O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido no campo, que um homem, ao descobrí-lo, esconde; então, movido de gozo, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo. Outrossim, o reino dos céus é semelhante a um negociante que buscava boas pérolas; e encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e a comprou (Mateus 13:44-46).
Em certo momento do ministério terrestre de nosso Senhor, ele passou a explicar o que era o Reino de Deus. Em todas suas descrições, Ele o apresenta como buscando seus membros, buscando seus súditos. É um semeador, é o proprietário de uma lavoura de trigo, é uma rede lançada ao mar...
Mas este reino também é uma pérola, um tesouro. Estamos sempre a buscar tesouros, buscamos nos lugares mais improváveis, mas mesmo assim buscamos.
Buscamos tesouros no reconhecimento. Fazemos de tudo para sermos reconhecidos pelo nosso próximo, somos até capazes, às vezes, de nos expor ao ridículo para isto. Negamos nossas crenças em público, escondemos nossos temores, escondemos nossas tristezas. Somos como pássaros, que quando adoecem, tentam agir como se nada tivesse acontecido, para não serem alvo de predadores. E o nosso predador é o medo da solidão. Buscamos o tesouro do reconhecimento para vencer este medo.
Buscamos tesouros nos bens, e compramos para melhorarmos nosso humor. Castigamos nossas carteiras para castigarmos nossas frustrações. Às vezes desejamos ter um pouco mais de dinheiro para gastarmos com aquela viajem que sempre desejamos, ou com aquilo que sempre desejamos ter, exatamente aquilo que perderá o brilho quando comprarmos...
Assim, saímos em desespero, buscando estes tesouros, como se pudéssemos viver ricos com ele. Fazemos nossas vidas depender disto, e nos sentimos sem sentido, quando nossas buscas falham...
O que foi a pérola encontrada pelo negociante? O que foi o tesouro encontrado por aquele homem? Por que estes homens venderam tudo? O que havia de especial neles?
Certamente eram tesouros de muito valor. Eram tesouros que os deixariam muito mais ricos do que seu estado atual, tal riqueza nem se compara com o que eles possuíam antes. Seu brilho era deslumbrante, jamais viram algo igual, por isto venderam tudo.
Somos capazes de vender tudo que temos? Ou será que vemos mais valor naquilo que temos, do que naquilo que podemos adquirir? Sou capaz de vender todas as minhas coleções e pertences, sou capaz de vender aquelas coisas que um dia eu sempre quis ter? Imagine a coisa que você mais valoriza, e imagine se você poderia vendê-la. Você faria isto, ou se sentiria como o jovem rico que não quis distribuir sua riqueza aos pobres? Somos capazes de ver o valor desta pérola, deste tesouro?
Sim, por que se tivermos este tesouro, não mais buscaremos tesouros em outros lugares. Não mais é necessário aquela busca desesperada por reconhecimento. O reconhecimento que vier virá naturalmente, você não precisará se sacrificar por nada. Ele será autêntico. Você não precisa comprar coisas por que elas preenchem um vazio. Elas não terão um significado maior do que elas deveriam ter.
Você poderá finalmente deixar suas ansiedades de lado, e viver plenamente. Você venderá tudo, você negará tudo que você é para buscar o Reino, e no fim de tudo, você encontrará a si mesmo.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...