Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte. - 2 Coríntios 12:10

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Já é dia!!

O vento soprava lá fora... E eu aqui dentro, só escutava...
A escuridão sufocava, o tempo, que mau era, retardava todas as dores...
Noite, esta noite... Tudo desmoronava, mas isto eu não vi, por que estavas comigo...
A noite foi longa... Mas eis que o sol surge no horizonte... Surge imponente e trazendo esperança...

Ele traz a tua esperança...

Ah, dia... Aos poucos percebe-se os contornos das coisas, e como elas estão à sua volta... O vento que soprava agora era uma brisa suave, que refrigera... Sem medos, sem terrores, sobra apenas a serenidade...

Sobra apenas a paz, a gratidão, a alegria... Tão simples e tão belas são estas, que preenchem todo o vazio que se passou. E o mundo agora está diante dos olhos com todas as suas cores...

Preparaste tudo isto, não é mesmo? As coisas que vejo e as que não vejo... Preparaste tudo isto?

Me é um grande mistério, contemplar tudo e ao mesmo tempo pensar como tudo veio a seu tempo... Como um grande sábio disse certa vez, "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu" (Ec 3:1). Como é difícil pensar no dia quando o terror noturno te cega... Mas não está registrado também que "Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã" (Sl 30:5).

A alegria de fato veio pela manhã... Não só pelo sol que aquece o apartamento frio, ou as flores que enfeitam o caminho... Não apenas pelos pássaros que cantam pela cidade... Tudo isto foi o que fizeste para este dia, mas não teu melhor presente... Muitos pensariam em coisas grandiosas, mas não foi isto que me deste...

Já feliz pelo dia que nascia, de modo totalmente inesperado um pequeno, um simples, um singelo porém belo "Bom dia" me foi dado... E assim começou meu dia...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Noite...

Noite, escuridão temível... Se aproxima lentamente todos os dias, trazendo aquele vazio...

Como queria que fosse diferente... Como queria que tudo fosse diferente? Mas seria melhor? Faria mais sentido? Não tenho estas respostas... O que me resta é esperar...

Esperar por esta noite que demora a passar...

Noite...

Todos dormem, tranquilamente. Alguns no entanto sofrem com o dia que virá...

E eu? Com o que sofro? Não é com o dia que virá, certamente... O futuro não significa nada quando o passado se faz tão presente... O passado magoa, sufoca, mata... Por ele estou de pé, vendo a noite passar e me questionando perguntas difíceis...

Às vezes a dor não passa... Mesmo que você se esforce ou esteja convencido de que não há motivos para se ter dor... O que fazer então? Por que às vezes é tão difícil encontrar respostas?

Talvez esta noite não seja uma vã noite. Talvez esta escuridão não esconda minha dor por acaso... E se nada for por acaso? E se nada foi por acaso? E se isto acontece por que no fim das contas me foi dado a capacidade de suportar tudo isto?

Foi o que me perguntei... Eu me perguntava por que ainda estava aqui... Eu parecia a mim mesmo um inútil que chorava escondido e tinha pena de mim mesmo... E me perguntava por que ainda estava aqui? Se eu não fazia nada, por que isto? Mas talvez estar aqui não seja a pergunta, mas uma resposta... E se foi me dado a capacidade de suportar tudo isto? Se não suportasse, estaria eu aqui ainda?

Quem consegue se levantar diante de uma grande queda? Quem aprende a confiar sozinho? Não pedi por isto? Não pedi a suportar as dores? Por que fugiria de meu pedido?

Noite... Ela se aproxima de novo... e meu pedido ainda continua a ser feito... mesmo que doa lá no fundo... por que morro todos os dias, na esperança de ressuscitar todos os dias...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Em busca de si

O que acontece com nosso mundo, com as pessoas que vivem nele? Não é preciso se viver muito para perceber que há certo desespero em todos... Talvez eu esteja sendo ousado ao falar isto, e provavelmente estarei sendo ousado ao dar prosseguimento a este post... Mas há algo que percebo nas pessoas, e não me sai da cabeça que isto é reflexo das nossas escolhas, de nossa cosmovisão.
Preciso voltar então um pouco no tempo e mencionar a velha disputa filosófica sobre o naturalismo. Antigamente, no tempo da Escolástica ainda, era Aristóteles que dominava a visão do mundo. E dentro desta visão, todas as coisas tinham uma causa eficiente e uma causa final. Ou seja, havia algo responsável pela existência de determinado objeto, como o oleiro sendo responsável pelo vaso. Mas havia também a causa final, o motivo para aquilo existir. O oleiro faz um vaso para transportar água, por exemplo. E isto era facilmente transportado para a vida humana, entendida como glorificando a Deus.
Obviamente, esta ideia de causa final não era bem vista por uma visão mecanicista da natureza, principalmente por ser uma janela por onde a fé em Deus saltava facilmente. Nem todo mecanicista era, obviamente, um ateu. Mas não tardou para que este ponto de vista produzisse nossos primeiros ateus e desde que este ponto de vista andou lado a lado com a revolução científica que se seguiu, ela acabou se tornando também um ponto de vista amplamente aceito, geralmente sem questionamentos.
Mas como explicar o mundo sem causas finais? Sabemos por exemplo que o coração bombeia sangue para todo o corpo. Esta é sua função, em outras palavras, esta é sua causa final. Materialistas têm um grande trabalho de tentar explicar a função do coração sem dar entender que ele possui uma finalidade. No entanto, ignorando estas dificuldades, vivemos como se esta cosmovisão fosse verdadeira e assumimos todos os seus pressupostos.
E assim, vejo que a vida humana perdeu todo seu valor. Não somos mais do que matéria sem finalidade. Surgimos de processos totalmente mecânicos e cientistas estão todos os dias tentando dar uma explicação mecanicista de tudo, o que nos inclui. Meus pensamentos, meus sentimentos, minhas dores, tudo isto não passa de reações mecânicas aos estímulos que recebo de meu meio... E então, para onde foi minha identidade?
E percebo como o conflito entre a cosmovisão materialista do mundo e o sentimento humano de buscar um sentido para a própria vida é doloroso. É inegável que o ser humano busque este significado. Alguns podem até negar que busquem um significado para as próprias vidas, imaginando que qualquer um que faça isto inevitavelmente o encontrará em Deus (que não deixa de ser interessante). Mas elas estão de uma forma ou outra buscando este significado em seus amigos, amores, pertences, trabalho...
Mas aliado a esta busca de significado, há o fator já mencionado de perda de identidade. Perdendo sua identidade, aquilo que dá significado para a vida da pessoa é perseguido de forma mais intensa... É então que vemos tantas demonstrações de futilidade neste mundo, vemos pessoas tentando aparecer a todo custo. Mulheres colocando próteses de silicone exageradas, algumas tentando até bater recordes, homens lançando toda sorte de música simplesmente para ficar algum tempo nas paradas de sucesso. A facilidade de se fazer um vídeo e colocar ele online permitiu uma quantidade maior de pessoas nesta corrida. Por que um programa de televisão ou rádio procuraria pessoas que gravam estes vídeos que são os mais populares na internet? Nós estamos nos vendendo por pouca coisa...
E no dia a dia, buscamos inconscientemente aquilo que nos dá mais destaque. Decidimos estudar determinada área, às vezes por que gostamos dela. Mas assim que começamos a estudar, não nos dedicamos como pessoas que escolheram estudar o que gostam. Estudar não dá "brilho" às nossas vidas. Conhecer não é importante. Se o material está sempre disponível para consulta em nossos trabalhos, por que estudar? Não é melhor pegar nossos diplomas logo? E quando estamos trabalhando? Por que estamos sempre mal-humorados e se queixando daquilo que escolhemos? Não seria por que o trabalho em si não traz o significado que esperamos? Não vivemos para o reconhecimento? Eu deixei então o trabalho que eu gosto para viver aguardando o reconhecimento de meus superiores. Não que o reconhecimento seja ruim, mas o problema é que ele muitas vezes se torna a única coisa que importa.

Ser bem-sucedido é o que importa para o mundo. Nos tornamos utilitaristas por que não tivemos escolha... Nossa cosmovisão nos tomou nosso direito de buscar um significado para nossas vidas. Nem os crentes se livram desta influência, pois eles estão buscando a igreja que possui mais membros, eles estão buscando destaque em suas congregações.

Assim segue o mundo então, em busca de sua própria identidade... E será que ele conseguirá se despertar deste pesadelo a tempo?

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A arte de defender a fé

Outro dia estava verificando há quanto tempo participo de discussões sobre religião na internet, e cheguei a aproximadamente 7 anos. É um bom tempo de discussão, e posso dizer que aprendi bastante nestes 7 anos. Quando comecei, não sabia de nada, e todas as discussões por que passei me ajudaram a buscar respostas e encontrá-las.
Mas a tarefa de defender a fé não é uma tarefa fácil. Aprendi muito com meus erros também, e ao longo destes anos, fui tirando algumas conclusões sobre o que eu deveria fazer e o que eu não poderia fazer de forma alguma. Espero então compartilhar algumas de minhas conclusões, pois talvez isto ajude alguém a agir de forma correta, ou pelo menos que eu possa transmitir algumas de minhas preocupações.
Que tipo de pessoas encontramos em debates? É tão certo como o sol nascerá amanhã que, em uma discussão, principalmente pela internet, você irá encontrar pessoas irredutíveis. Elas podem ou não ter se "firmado" em suas conclusões através de estudos, e por isto não devemos considerar estas pessoas como "cegas" se por acaso elas nos parecer irredutíveis. Devemos nos lembrar sempre que se nós mesmos estudamos e nos firmamos na fé, vamos parecer também irredutíveis a eles.
Além destes, há aquelas pessoas que estão buscando aprender também. Elas estão ali mais como leitores, e geralmente não participam do debate.
Assim, o debate se dá principalmente entre aqueles que estão mais seguros sobre aquilo que acreditam ou defendem. E é por isto que é muito fácil perder a paciência neste tipo de debate. Por isto minha primeira dica é que faça o máximo possível para que isto não aconteça de sua parte. Seguindo o exemplo de Pedro, que dizia:
(1Pe 3:15) antes santificai em vossos corações a Cristo como Senhor; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós;
O motivo é muito simples: a pessoa que está debatendo com você já possui a tendência natural de não te ouvir. Se você for grosseiro, você estará diminuindo muito mais as chances de que ela te ouça. E é importante que você deseje que ela te ouça, não só para que ela reflita sobre seu argumento e se decida pela fé que você professe, mas também para que ela considere seu argumento com cuidado, e se tiver que te dar uma resposta, que seja uma resposta bem direcionada ao problema que você postou, não a um problema que ela achou que você escreveu.
Além disto, aquelas pessoas que estão ali apenas para leitura e para aprendizado serão muito melhor instruídas. Uma resposta sem críticas ou deboches é muito mais simples e agradável de ser lida. É nosso dever como cristãos agirmos de forma a dar o exemplo às pessoas que estão ali.

Mencionei acima que uma resposta amigável ajuda seu oponente a refletir melhor sobre a questão que você coloca. Para mim é essencial esta reflexão, e você também deve fazer o mesmo. Você deve entender aquilo que a pessoa com quem está debatendo está tentando transmitir. Pois se você não entendê-la, você poderá estar formulando uma resposta que não causará impacto, uma resposta que não responde nada.
E aí está talvez a parte mais bela da defesa da fé, que muitos parecem deixar de lado: no debate damos início à tarefa de conhecer o próximo. É certo que a pessoa irá colocar como argumento aquilo que para ela própria é um argumento convincente. E assim, ela está revelando para nós quais são as suas maiores preocupações. Se você estiver em sintonia com a pessoa com quem está debatendo, você conseguirá entendê-la e dar uma resposta não apenas ao problema que ela está apresentando, mas também uma resposta às suas angústias e preocupações.

Há por fim, alguns que de fato não querem ser convencidos. Embora você apresente argumentos muito bons, a pessoa não se dá por vencida. Enquanto ela está apresentando argumentos válidos contra os seus, o debate continua, mas há momentos que você percebe que as pessoas com quem você está debatendo começam a evitar aquilo que você apresenta. É importante observar quando isto começa a acontecer, pois você perceberá através desta atitude que o debate de fato acabou. E devemos saber quando isto acontece, pois somos tentados a continuar um diálogo que não possui propósito algum, só por questão de quem responde por último. O orgulho é um mal que ataca facilmente quem é participante de debates, por isto é bom estar atento às suas próprias atitudes. Saiba quando parar, mesmo que isto signifique não ser a última voz no debate. Não use de vocabulário muito sofisticado, pois isto só serve para se auto-promover.

Espero que com isto eu tenha ajudado algumas pessoas nesta difícil arte que é a defesa da fé.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Lá fora chove...

Não tardava a chuva a cair, e eu ali, naquele apartamento...
Chovia.
Mas ninguém à minha porta batia.
Não chamavam, não se importavam. E eu ali, naquele apartamento.
Chovia forte, a música tocava, ali dentro.
Mas eu não a ouvia.
Eu me sentava, e me perguntava, como ninguém poderia sequer me ligar, saber se eu estava ali?
Será que ninguém me ligou? Minha secretária eletrônica sequer investiguei, por que tive a impressão de não ouvir o telefone tocar.
Nunca tinha visto tamanha tempestade, nunca tinha visto céu tão sombrio e assustador. Me acompanhavam apenas meus dois felinos, que se deitavam ao meu lado, mas eu não os via.
Por que as pessoas se vão nas tempestades? Por que nos aflige a chuva? Na solidão de meu apartamento refletia sobre estas coisas, sem chegar a conclusões. Não poderia também, a tempestade me perturbava, e eu não conseguia raciocinar de forma correta.
A noite avançava e com ela, o frio. Mas em meio às lágrimas, havia ainda calor naquele lugar. Eu, porém, não o sentia. Me preocupava mais com o fim daquela tempestade. Queria que tudo acabasse logo, para que eu pudesse novamente sair, para que eu pudesse ver novamente aquelas pessoas importantes para mim.
Demorou muito sim, mas terminou. Nunca havia me sentido tão só quanto aqueles dias de chuva e de tolices. Estava eu só, mas eu estava enganado. Por que tudo que eu quis é que alguém tentasse me buscar ali, naquela apartamento, e acreditei realmente que isto não havia acontecido. Minha cegueira me impediu de ver a ti, tocando a música, me dando a pequena companhia ou me aquecendo... Não estava sozinho afinal.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Perdão ao próximo

Fui a tua casa ontem, Senhor... Que alegria eu tinha então! O que encontrei lá? O que havia lá? Havia este meu irmão, que dizia muitas coisas que discordo. Minha alegria então se foi com cada uma das palavras que ele dizia.
Por que nossos irmãos são assim, Senhor? Por que discordamos em coisas que não deveríamos discordar? Por que não percebem que muitas vezes estão em desacordo com o que o Senhor mesmo nos ensinou?
Tenho grande vontade de não mais ir ali, para que eu não possa mais ouvir tais coisas, ou para sequer ter que pensar em discutir tais coisas. Mas não seria isto uma fuga, Senhor? Não seria isto uma falta de amor fraterno? Talvez isto seria também uma forma de me sentir melhor do que os outros irmãos, ainda mais se o motivo que me afasta dali é não querer ser confundido com eles?
Sou cheio de falhas graves, caí até o nível mais baixo, mas mesmo assim, Senhor, tu não me abandonaste. Vieste até nós, para salvar cada um dos seus. Não devo eu ter a ti como modelo, e apenas a ti? Não sou melhor que ninguém, não tenho tampouco motivos para fugir de ninguém. Por que teu servo, o apóstolo Paulo, nos aconselha a vencer o mal com o bem, portanto, persistirei no bem, persistirei na humildade, persistirei na paz.
Por favor Senhor, dê-me a oportunidade de servir, ainda que eu discorde ou discordem de mim. Meus irmãos são todos pecadores como eu, e é por isto que como eu, peço que teu Espírito nos renove a cada dia. Me dê por favor Senhor, no entanto, entendimento sobre o que meu irmão pensa e passa em sua vida, pois não poderia eu estar errado em algum ponto também? Me dê a oportunidade ainda, Senhor, de poder expor para ele meu ponto de vista, de forma que ele também possa me entender.
E que eu possa voltar à tua casa, com aquela alegria, que não pode ser abalada por qualquer discordância.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Quando nos tornamos falsos?

Ao meu ver, é muito fácil ser taxado hoje em dia de "pessoa falsa"... Parece que dos inúmeros motivos para uma pessoa agir de determinada forma, apenas o caminho da falsidade possui a probabilidade maior de acontecer. E para mim, isto se torna uma grande dificuldade para cumprir um dos ensinamentos de nosso Senhor:

Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo? - Mateus 5:43-47
Quem ama seu inimigo? Quem faz bem para as pessoas que não se dão bem com ela? É difícil imaginar este tipo de coisa acontecer, e de fato isto para nós é muitas vezes uma tarefa difícil. Por isto geralmente somos encarados como pessoas falsas ao tentarmos fazer isto.
Não é minha intenção identificar quando alguém age com falsidade para conosco. Minha intenção aqui é identificar quando estamos sendo falsos, e como mudar este tipo de comportamento. Assim, quando somos falsos? Certamente é quando nós não conseguimos apagar a raiva ou rancor, quando não conseguimos deixar de lado os motivos que nos impede de gostar daquela pessoa: nós então amamos da boca para fora. Não conseguimos parar por um instante para analisar nossos problemas com relação àquela pessoa e tirarmos disto uma lição. Por que o problema pode estar em nós também, e o mandamento para amarmos nossos inimigos nos força a refletir sobre nossa relação com eles: por que devemos os amar?
Muitas vezes quem não consegue amar seus "inimigos" são aqueles que demonstram certo espírito vingativo. Eles querem que a pessoa de certa forma faça algo para remediar o que aconteceu, mesmo que isto seja a simples iniciativa de pedir perdão, ou de tocar no assunto. É interessante notar que o próprio apóstolo Paulo vinculava o sentimento de vingança com a paz:

Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor. Antes, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem. - Romanos 12:18-21
E talvez o motivo maior para amarmos nossos inimigos é demonstrar na prática, que você está confiando plenamente no julgamento de Deus para este caso: esteja esta pessoa certa ou errada (e você também). Amar, pedir perdão quando possível, ou conversar sobre o problema é sempre louvável, e todos nós devemos procurar isto.
Mas há momentos que a pessoa possui problemas com você também. Uma simples conversa pode ser impossível. Ainda assim, devemos confiar no julgamento de Deus, e temos que refletir bastante sobre o que sentimos. Não basta dizer que o perdoa ou que o ama, devemos sentir isto de verdade.
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