Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte. - 2 Coríntios 12:10

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Lá fora chove...

Não tardava a chuva a cair, e eu ali, naquele apartamento...
Chovia.
Mas ninguém à minha porta batia.
Não chamavam, não se importavam. E eu ali, naquele apartamento.
Chovia forte, a música tocava, ali dentro.
Mas eu não a ouvia.
Eu me sentava, e me perguntava, como ninguém poderia sequer me ligar, saber se eu estava ali?
Será que ninguém me ligou? Minha secretária eletrônica sequer investiguei, por que tive a impressão de não ouvir o telefone tocar.
Nunca tinha visto tamanha tempestade, nunca tinha visto céu tão sombrio e assustador. Me acompanhavam apenas meus dois felinos, que se deitavam ao meu lado, mas eu não os via.
Por que as pessoas se vão nas tempestades? Por que nos aflige a chuva? Na solidão de meu apartamento refletia sobre estas coisas, sem chegar a conclusões. Não poderia também, a tempestade me perturbava, e eu não conseguia raciocinar de forma correta.
A noite avançava e com ela, o frio. Mas em meio às lágrimas, havia ainda calor naquele lugar. Eu, porém, não o sentia. Me preocupava mais com o fim daquela tempestade. Queria que tudo acabasse logo, para que eu pudesse novamente sair, para que eu pudesse ver novamente aquelas pessoas importantes para mim.
Demorou muito sim, mas terminou. Nunca havia me sentido tão só quanto aqueles dias de chuva e de tolices. Estava eu só, mas eu estava enganado. Por que tudo que eu quis é que alguém tentasse me buscar ali, naquela apartamento, e acreditei realmente que isto não havia acontecido. Minha cegueira me impediu de ver a ti, tocando a música, me dando a pequena companhia ou me aquecendo... Não estava sozinho afinal.
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